domingo, 6 de junho de 2010

Aroldo fala sobre a guitarra baiana


Aroldo Macedo sempre foi um autodidata na música. Sempre teve a curiosidade de aprender a tocar instrumentos, já que a família tinha um grande histórico musical nas veias. Aos nove anos começou a estudar piano e aos doze já tocava bateria. Mas juntamente, com os seus irmãos e o seu pai transformou e modernizou a configuração das atuais bandas de Trio Elétrico, criando o famoso trio Dodô & Osmar. Sendo que em pouco tempo, já estava compondo canções para o trio e se fixando de vez no cenário musical.
A sua ligação com o invento do seu pai é tamanha que ele acabou criando uma escola que ensina meninos carentes a tocar guitarra baiana. Como um bom conhecedor desse instrumento ele fala qual é a diferença da guitarra normal para essa. “A guitarra normal é maior e têm seis cordas, a guitarra baiana é menor e tem cinco cordas” “Tem também as de quatro cordas, mas a que usamos é a de cinco”.
Para Aroldo a guitarra baiana tem um papel fundamental na caracterização da nossa música baiana tocada no carnaval, pois para ele quando a guitarra começou a ser tocada no trio, ela se tornou a alma e o som do trio elétrico. E devido a característica peculiar do som que esse instrumento possui a música baiana começou a ser moldada. Ele diz que até 1975 o trio elétrico ficou sem voz e era praticamente a guitarra baiana que fazia essa voz. E continua dizendo “o trio elétrico influenciou a Tropicália, ele influência o rock feito na Bahia, ele influência a música baiana de uma certa forma”. Em sua visão tudo o que ele aprendeu com o seu pai, ele utiliza hoje para levar uma sonoridade genuinamente baiana para o carnaval. Ele até hoje leva a guitarra baiana criada pelo seu pai para os quatro cantos do país, sendo que segundo ele cerca de 100 pessoas tanto na Bahia como no Brasil tocam o instrumento. Isso o deixa muito contente, pelo fato de existir pessoas tocando o instrumento fora do território baiano.

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